Baseada no romance homônimo de Jean Teulé, a obra do cineasta francês Patrice Leconte, A Pequena Loja de Suicídios da família Tuvashe, faz sucesso na cidade cinza dominada pelos sentimentos de completa tristeza e descontentamento com a vida, na loja vende-se diversos artigos para suicídio, como venenos, cordas, até cadeiras elétricas, opção é o que não falta, segundo o dono da loja, “Se sua vida foi um fracasso, pelo menos a morte será um sucesso”.
Mas tudo começa a mudar quando um novo personagem, Allan, filho de Michima e Lucrèce (donos da loja) nasce para contrapor o cenário mórbido com todo o seu otimismo e ânimo pela vida, é assim que Allan começa a plantar a sementinha da felicidade.
Parece meio clichê, mas não tão assim, o filme tem a fotografia impecável, fiquei encantada com a direção de arte, de verdade. Para quem gosta de musical é um prato cheio, e para quem não gosta do gênero também, uma vez que é aí que mora o diferencial dessa animação.
Diferente do livro não diria que o filme é fantástico, porque não é, mas não deixa de ser gracioso, não deixa de encantar com sua mensagem. E, apesar do tema ser perturbador, foi tratado com muita delicadeza, ganha muitos pontos por todo esse cuidado. Perde pontos pelos argumentos fracos, no livro, por exemplo, a trama está mais bem desenvolvida e construída, apesar de seguir a linha mais simplista (na minha opinião, claro), passa uma grande lição a ser carregada por toda a leitura e a ser refletida pela vida.
Não deixe ler, não deixe de assistir, digo que ambas as opções valem a pena.
Obs.: Não recomendo o filme para crianças!
ALERTA! Pequeno spoiler a seguir, não adianta chorar…
Minha mãe sempre diz que “comida é amor”, o que é verdade, a loja dos Tuvashe passa a ser um pontinho colorido naquela cidade cinza quando no final, após um plano do pequeno Alan para destruir a loja, se torna uma loja bem animada de crepes e por fim a comida responde a pergunta: Qual é o antônimo da tristeza? A Felicidade!
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